* Seja Bem Vindo ao nosso Blog - Agradecemos a Deus, a Jesus, os Amigos Espirituais, pela oportunidade de trabalhar pela divulgação do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec.
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A Seara Graça Paz e Perseverança está localizada na Rua Conde de Itaguaí, 28 QD 21 – Parque das Laranjeiras.
Presidente: Claudivan Afonso Ozório de Carvalho.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Ano Novo: As Esperanças se Renovam



Graças à Doutrina Espírita muitos dos segredos que envolviam o mistério da vida nos foram revelados. Dentre estes, o de que somos espíritos imortais e que aqui nos encontramos para dar continuidade ao aprendizado que nos propusemos a pôr em prática, quando traçamos os planos para a nossa reencarnação.

Muito embora tenhamos hoje este conhecimento acerca da nossa perenidade, o que nos dá a certeza que teremos o tempo necessário para a concretização do nosso programa de ação e gradativamente ir nos aperfeiçoando até atingir a meta final da perfeição, ainda assim, estamos inevitavelmente presos ao relógio do tempo.

Devemos encarar essa rotina do tempo que ainda nos domina, como mais uma oportunidade para recarregar as nossas baterias e continuar a jornada de luta em prol do nosso próprio progresso espiritual. Assim devemos ver esses intervalos do tempo físico em que vivemos como espíritos encarnados e aproveitar esses preciosos momentos para fazer uma reavaliação e traçar metas para o futuro.

A sucessão dos anos e a constante presença do Ano Novo em nossas vidas deve ser vista como mais uma oportunidade. É um momento oportuno para que avaliemos as ações perpetradas no ano velho e tracemos metas para o ano que se inicia. É fundamental que não nos deixemos impressionar negativamente pelos equívocos de que fomos eventualmente autores. Afinal de contas somos hoje sabedores de que como espíritos em marcha evolutiva, muito ainda temos que transpor para atingirmos um nível em que os comprometimentos sejam eliminados. O importante é aceitar com humildade os erros cometidos procurando tirar lições dos mesmos e ter o firme propósito de não os cometer novamente. Uma atitude de auto-acusação não é compatível com a visão que temos hoje do nosso Criador, que não nos condena.

Devemos dar graças a Deus pela oportunidade de sermos hoje conhecedores dos ensinamentos da Doutrina Consoladora. Ela veio ao mundo para nos revelar, à luz da razão e do bom senso, a responsabilidade que pesa sobre os nossos ombros no tocante ao trabalho que devemos empreender para conquistarmos a plenitude da Paz Duradoura. A Doutrina dos Espíritos veio tirar a venda dos nossos olhos, a qual criava obstáculos e nos impedia de ter uma visão coerente e racional sobre o Criador, nós mesmos, a oportunidade redentora da vida e a inarredável RESPONSABILIDADE que cabe a cada um de nós pela conquista do progresso espiritual, até a completa redenção – a PERFEIÇÃO.

Assim, devemos todos levantar os olhos aos céus e agradecer ao Criador por mais um ano de vida, trabalho e aprendizado. Que tenhamos a humildade e a serenidade de reconhecer os nossos erros e pedir ao Pai e aos Espíritos Protetores que nos guiam, a força necessária para que não voltemos a incidir neles e com o firme propósito de nos tornarmos melhores seres humanos, encaremos o ANO NOVO que se inicia como mais uma grande oportunidade.

Que a Paz verdadeira ensinada e vivida pelo Mestre Jesus seja a meta de todos nós no ano que se inicia.


Antonio Leite
Editor GEAE
(Publicado no Boletim GEAE Número 468 de 13 de janeiro de 2004)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Lenda da Caridade



Diz interessante lenda do Plano Espiritual que, a princípio, no mundo se espalham milhares de grupos humanos, nas extensas povoações da Terra.

O Senhor endereçava incessantes mensagens de paz e bondade às criaturas, entretanto, a maioria de desgarrou no egoísmo e no orgulho.

A crueldade agravava-se, o ódio explodia...

Diligenciando solução ao problema, o Celeste Amigo chamou o Anjo Justiça que entrou, em campo e, de imediato, inventou o sofrimento.

Os culpados passaram a resgatar, os próprios delitos, a preço de enormes padecimentos.

O Senhor aprovou os métodos da Justiça que reconheceu indispensáveis ao equilíbrio da Lei, no entanto, desejava encontrar um caminho menos espinhoso para a transformação dos espíritos sediados na Terra, já que a dor deixava comumente um rescaldo de angústia a gerar novos e pesados conflitos.

O Divino Companheiro solicitou concurso ao Anjo Verdade que estabeleceu, para logo, os princípios da advertência.

Tribunas foram erguidas, por toda parte, e os estudiosos do relacionamento humano começaram a pregar sobre os efeitos doma ledo bem, compelindo os ouvintes à aceitação da realidade.

Ainda assim, conquanto a excelência das lições propagadas repontavam dúvidas em torno dos ensinamentos de virtude, suscitando atrasos altamente prejudiciais aos mecanismos da elevação espiritual.

O Senhor apoiou a execução dos planos ideados pelo Anjo da Verdade, observando que as multidões terrestres não deveriam viver ignorando o próprio destino.

No entanto, a compadecer-se dos homens que necessitavam reforma íntima sem saberem disso, solicitou cooperação do Anjo do Amor, à busca de algum recurso que facilitasse a jornada dos seus tutelados para os Cimos da Vida.

O novo emissário criou a caridade e iniciou-se profunda transubstanciação de valores.

Nem todas as criaturas lhe admitiam o convite e permaneciam, na retaguarda, matriculados ns tarefas da Justiça e da Verdade, das quais hauriam a mudança benemérita, em mais longo prazo, mas todas aquelas criaturas que lhe atenderam as petições, passaram a ver e auxiliar doentes p obsessos, paralíticos e mutilados, cegos e infelizes, os largados à rua e os sem ninguém.

O contato recíproco gerou precioso câmbio espiritual.

Quantos conduziam alimento e agasalho, carinho e remédio para os companheiros infortunados recebiam deles, em troca, os dons da paciência e da compreensão, da tolerância e da humildade e, sem maiores obstáculos, descobriram a estrada para a convivência com os Céus.

O Senhor louvou a caridade, nela reconhecendo o mais importante processo de orientação e sublimação, a benefício de quantos usufruem a escola da Terra.

Desde então, funcionam, no mundo, o sofrimento, podando as arestas dos companheiros revoltados: a doutrinação informando aos espíritos indecisos quanto às melhores sendas de ascensão às Bênçãos Divinas; e a caridade iluminando a quantos consagram ao amor pelos semelhantes, redimindo sentimentos e elevando almas, porque, acima de todas as forças que renovam os rumos da criatura, nos caminhos, humanos, a caridade é a mais vigorosa, perante Deus, porque é a única que atravessa as barreiras da inteligência e alcança os domínios do coração.

Pelo Espírito Meimei
Psicografia de Chico Xavier

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O FIM DO MUNDO EM 2012 NA VISÃO ESPÍRITA

A Transição Planetária


E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? (Mateus 24:3)

Tanto o capítulo 24 do Evangelho segundo Mateus, quanto o capítulo 13 do Evangelho segundo Marcos, abordam o chamado fim do mundo. Se estudarmos esses capítulos com atenção, veremos que eles trazem várias previsões que Jesus faz a respeito da Grande Transição pela qual o planeta Terra esta passando, e estamos vendo acontecer em nossos dias.
Várias profecias têm sido divulgadas abordando o tema do final do planeta. A que está em voga atualmente é a profecia maia que traz uma suposta revelação para o fim do mundo em dezembro de 2012.
Contudo, será realmente o fim do mundo físico que estamos presenciando? Não! Os fatos que vivenciamos na atualidade é aquilo que a Doutrina Espírita nos explica desde a segunda metade do século XIX, nas chamadas obras básicas do Espiritismo, escritas por Allan Kardec, e que os Benfeitores espirituais, como a Mentora Joanna de Ângelis, atualmente, tem chamado a Grande Transição.
O que é essa Grande Transição? É a transformação do planeta Terra de mundo de expiações e provas, onde o mal impera, em mundo de regeneração onde há predominância do Bem. Portanto, o fim a que se refere o versículo acima citado não é o fim do planeta, mas o fim de uma era, a era na qual o mal predominava na Terra.
Como todo momento de transição há um tumulto previsto pelo próprio Cristo, relatado por Mateus em 24:21 – “Porque haverá então grande aflição como nunca houve desde o princípio do mundo até agora nem tampouco haverá jamais”. É este momento de aflições coletivas que estamos passando, onde a iniquidade tem atingido o auge, gerando desesperança pela própria dor, e indiferença pela dor do próximo em muitas pessoas.
Todavia, é fundamental que estejamos atentos ao processo de transição, pois é um momento crucial em nossas vidas, e evitemos a desesperança e a indiferença. Jesus mesmo prediz isso em Mateus 24:12 – “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará”.
Todos nós que estamos vivendo este momento somos convidados a buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça, como nos ensina Jesus, de modo que cada um desenvolva o amor a si mesmo e ao próximo como a si mesmo, fazendo aos outros o que gostaria que fizesse a si.
Como a Terra deixará de ser planeta de expiações e provas, onde o mal predomina, aqueles que não estiverem dispostos a praticar o Amor e o Bem serão exilados em outro planeta, pois caso continuem a viver na Terra, devido à prática contumaz do mal e a capacidade tecnológica alcançada atualmente no planeta, essas pessoas, ainda voltadas ao mal, destruiriam o próprio planeta, fato também previsto por Jesus em Mateus 24:22 – “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”.
Portanto, este momento de transição é muito importante para todos aqueles que desejam permanecer nos próximos milênios na Terra regenerada, onde não é o planeta que terá fim, e sim o mal.
A Terra, planeta de regeneração, comparada com o que ela é hoje se transformará em um verdadeiro paraíso, no qual todo avanço científico e tecnológico será utilizado exclusivamente para o Bem, fazendo com que as doenças, a miséria material e a iniqüidade desapareçam do planeta, pois a miséria moral terá fim.
É fundamental, conforme orienta Jesus, que perseveremos na prática do Amor e do Bem para que possamos continuar a viver neste planeta abençoado, conforme Mateus 24:13 – “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo e Mateus 5:5 – bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra”.

*Alírio de Cerqueira Filho é coordenador de Estudos e Doutrina da Federação Espírita de Mato Grosso

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Morte


Porque a morte propicia tanto sofrimento e catadupas de pranto, acarretando desespero no mundo, é válido lembremos que:
A semente morre para que surja a plântula tenra;
Transforma-se a ostra, de modo a produzir a pérola preciosa;
Estiola-se a flor, emurchecida, a fim de que provenha o fruto que guarda, na essência, o sabor;
Morre o dia nas tintas do poente, de modo que o véu cintilante da noite envolva a Terra;
Morre a noite, entre as lágrimas do orvalho, para que o manto aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão;
O rio morre na exuberância do mar;
Fana-se o homem para que se liberte o Espírito, antes cativo.

 * * *

À frente disso, vemos que a morte é sempre a chave que desata o perfume da vida. Não há morte, essencialmente. Tudo é transformação, tudo é recriação...
A lágrima de agora se tornará sorriso.
A dor atual prepara a ventura porvindoura.
A saudade que punge hoje, fomenta o sublime reencontro de logo mais.
Morte é vida, agora o sabemos...

 * * *

Habitue-se, caro coração, a refletir a respeito da morte, com serenidade e confiança em Deus, porque você não ignora que, por mais se aturda, desarvore ou se inconforme, essa é a única regra para a qual não se conhece exceção.
Prepare-se, amando e trabalhando no bem grandioso, até que você, um dia, igualmente se transforme em ave libertada da prisão – escola corporal.
A morte tão somente revela a vida mais amplamente. Pense nisso.


 Rosângela.
Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira.
Em 18.03.2011

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Perante as Doenças



Em meados de 1970, quando estava prestes a completar seu doutorado em física, o cientista Stephen Hawking, já portador de uma doença que ia paralisando seus movimentos, escutou um médico dizer que tinha apenas mais dois anos de vida.

“Então posso tentar entender o Universo, porque não vou mais precisar pensar em coisas como aposentadoria e contas a pagar”, resolveu ele.

Como a doença progredia rapidamente, foi obrigado a criar fórmulas simples para explicar – no menor espaço de tempo possível – tudo aquilo que pensava.

Dois anos e meio se passaram. Mais de vinte anos se passaram e Hawking continua vivo. É capaz de comunicar suas idéias abstratas através de um pequeno computador acoplado à sua cadeira de rodas, e que possui apenas quinhentas palavras diferentes.

Escreveu o clássico livro “Uma breve história do tempo”, entre outros, e foi responsável por uma nova visão da física moderna.

A doença, em vez de conduzi-lo à invalidez total, forçou-o a descobrir uma nova maneira de raciocínio.

E é exatamente assim que a doença procede em nossas vidas. Ela nos convida a mudar, a rever nossos passos, nossas escolhas, nossos valores.

Ao invés de ver a enfermidade como algo que vem para nos destruir, precisamos entendê-la como uma lição, como uma prova que nos está sendo imposta, com o único objetivo de nos fazer crescer.

As grandes enfermidades são convites da vida para que mudemos algo em nossa caminhada: sejam os rumos, sejam os objetivos, seja a maneira de pensar.

É claro que muitas delas não têm causa no hoje, nesta existência, mas, da mesma forma, elas tomam nossos dias com o fim de nos educar, de nos burilar.

A dor nos ensina muito. O sofrimento é como o calor intenso do fogo esculpindo o vidro, e concedendo-lhe as formas mais belas que possamos imaginar.

Perante as doenças é preciso reavaliar nossos dias.

Perante a doença é necessário refletir e questionar: o que ela está buscando me ensinar? Paciência? Persistência? Humildade?

Sábios são aqueles que conseguem sair dos momentos de turbulência, não blasfemando contra tudo e contra todos, mas sim mais maduros, mais equilibrados.

Não vejamos nas doenças inimigos mortais, ou grandes males que recaem dos céus sobre nossos ombros; vejamos sim oportunidades que Deus nos dá para evoluir, para nos descobrir, para passarmos mais tempo na companhia de nosso próprio coração, descobrindo nele valores que desconhecíamos, e aliados preciosos para os próximos passos que iremos dar.

***

O tronco sofre os golpes do machado para que, derribado, se torne nova utilidade.

A montanha de granito padece a dinamitação, a fim de que se abram veredas para o progresso.

A árvore enfrenta a poda, de modo a exuberar de flores e frutos, na ocasião oportuna.

Os grãos passam pela trituração e participam, com isso, da alegria da mesa farta.

O bloco de pedra suporta a ação do buril e do cinzel, para que liberte a obra de arte que o artista projeta.

O violino resiste à distensão de suas cordas, de forma a permitir que o som harmonioso embalsame o ambiente com musicalidade.



Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de biografia de Stephen Hawking, e do capítulo “O sofrimento”, da obra “Rosângela” – psicografia de Raul Teixeira, pelo Espírito Rosângela Costa Lima.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O reino de Deus e o paraíso perdido

 
 
As migrações de Espíritos entre os planetas é fato comum

1. Moisés relata no Gênesis a história de Adão e Eva, que teriam sido – segundo a interpretação literal das Escrituras – os primeiros seres humanos a habitar a Terra. Criados por Deus, eles viviam num jardim de delícias: o Éden bíblico, mas, tentados pela serpente, comeram o fruto proibido da árvore da ciência e foram expulsos do paraíso para a Terra, onde sua sobrevivência dependeria, a partir de então, do seu próprio trabalho.

2. Essa explicação, adequada ao nível de compreensão do povo judeu da época de Moisés, não pode ser aceita como verdade absoluta nos tempos atuais, em que o progresso intelectual e científico é muito mais apurado. Com efeito, as teorias que identificam nos seres humanos o resultado do aprimoramento biológico, ao longo dos milênios, de organismos primitivos que povoaram inicialmente a Terra, são hoje amplamente difundidas, aceitas pela comunidade científica e confirmadas pelo Plano Espiritual.

3. As recentes descobertas da Antropologia e da Arqueologia não só têm confirmado essas teorias como fornecido argumentos em favor da tese do povoamento simultâneo de várias regiões do planeta, por meio de povos que, embora oriundos de uma única raça – a raça humana –, apresentavam característicos físicos distintos, o que explica sua origem diversificada e seu desenvolvimento independente.

4. A simbologia da narrativa bíblica reflete fenômeno usual no processo de desenvolvimento e evolução dos orbes e dos Espíritos que os habitam. Os mundos progridem através do crescimento em moralidade e sabedoria dos seres que neles vivem. Quando um planeta atinge uma fase de culminância em sua transição evolutiva, os Espíritos que não acompanharam o progresso geral do orbe e se tornaram ali elementos de perturbação do bem-estar da coletividade são conduzidos a mundos menos adiantados, onde aplicarão sua inteligência e a intuição dos conhecimentos adquiridos em benefício do progresso da humanidade que os habita.

5. Tais Espíritos expiarão, no contato com as difíceis condições de vida do seu novo ambiente e entre povos mais atrasados, as faltas passadas e o endurecimento voluntário, sofrendo o guante da dor que os impulsionará à renovação. Essas migrações entre os diversos mundos do Universo são periódicas e podem efetuar-se com os elementos de um povo ou de um planeta.
Os exilados de Capela exerceram na Terra um papel importante

6. No Gênesis, Moisés registra as reminiscências de um grupo de Espíritos, personificados por Adão e Eva, que migrou para a Terra, proveniente de um planeta do sistema orbital da estrela chamada Cabra ou Capela, pertencente à constelação do Cocheiro. Há milênios – informa Emmanuel em seu livro “A Caminho da Luz” – esse planeta capelino, que guarda muitas afinidades com a Terra, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá se encontravam dificultando a consolidação das penosas conquistas de um povo que, no geral, era imbuído de virtudes e fizera jus à concórdia, para a edificação dos seus elevados programas de trabalho.

7. As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmo, deliberaram, então, localizar aquelas entidades rebeldes, que se haviam tornado pertinazes no crime, aqui neste mundo longínquo, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração, ao mesmo tempo que impulsionariam o progresso intelectual dos seus irmãos inferiores.

8. Na dor do seu exílio e da separação de seus entes queridos, foram eles recebidos por Jesus, que, com suas amorosas advertências, despertou-lhes as esperanças de redenção no porvir e os convidou à cooperação fraterna para o aprimoramento dos povos primitivos que habitavam nosso planeta. A eles, Jesus prometeu a assistência cotidiana e sua vinda futura, para indicar-lhes o caminho que lhes possibilitaria o retorno ao paraíso perdido.

9. Com o auxílio daqueles Espíritos aflitos e endividados, que reencarnaram nas regiões da Terra já habitadas pelos povos primitivos, as falanges de Jesus procederam ao aperfeiçoamento dos caracteres biológicos dos seres humanos que aqui encarnariam e lançaram as bases do progresso e da civilização no planeta. Vivendo entre povos primitivos, ainda em situação de barbárie, os exilados de Capela sentiram-se degredados, conduzidos a ambiente rude, para expiar suas faltas; mas, intuitivamente, almejavam o retorno ao paraíso perdido, cuja lembrança na esfera da intuição propagou-se através das gerações e foi relatada nas páginas bíblicas de forma alegórica.

10. A figura de Adão deve ser compreendida, portanto, como símbolo da humanidade terrena. Sua desobediência às determinações divinas representa a infração das leis do bem, em que incorreram os homens, particularmente os exilados do sistema capelino, ao se deixarem dominar pelos instintos materiais. A árvore da ciência é uma alegoria relativa à possibilidade de o homem discernir entre o bem e o mal, através do progresso intelectual e do conseqüente desenvolvimento do seu livre-arbítrio, que acarreta a responsabilidade por seus atos.

Muitos exilados de Capela ainda continuam na Terra

11. O fruto da árvore da ciência, que floresce no meio do “jardim das delícias”, corresponde ao produto da evolução material e se constitui no objeto dos desejos materiais do homem. Comer o fruto é deixar-se vencer pelas sensações da matéria, em detrimento das conquistas espirituais que cumpre realizar.

12. A árvore da vida simboliza a vida espiritual, é referência às conquistas em moralidade e demais bens do Espírito, que o orbe capelino efetivara e de que os exilados já não poderiam aproveitar por se haverem desarmonizado com o ambiente espiritual daquele planeta.

13. A serpente simboliza, pelas suas formas e modo de locomoção, a sinuosidade dos maus conselhos que, contornando os obstáculos da consciência, conseguem atingir o ser, ao encontrar os resquícios da inferioridade no âmago do seu coração.

14. Desse modo, os ensinamentos espíritas relativos à chamada raça adâmica esclarecem o mito registrado no Gênesis e fornecem explicação racional para as reminiscências das promessas da vinda do Messias, encontradas em diversas comunidades terrenas.

15. Grande número dos Espíritos exilados só pôde retornar ao seu orbe de origem depois de muitas existências na Terra. Alguns, todavia, ainda se encontram por aqui, devido ao seu endurecimento no mal.
 



http://www.oconsolador.com.br/ano2/78/esde.html
A Gênese, de Allan Kardec, cap. 11, itens 38 a 49, e cap. 12, itens 2 a 26.
A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pág. 34.