Nem sempre a solidão pode ser encarada como dor ou insânia. É, em muitas ocasiões, período de preparação, tempos de crescimento, convites da vida ao amadurecimento.
Na solidão, é que encontramos sanidade para nosso mundo interior, respostas seguras para nossos caminhos incertos e nutrição vitalizante para os labores que enfrentamos em nossa viagem terrena.
Nem sempre é possível abandonarmos a vida alvoroçada, os ruídos e as músicas estridentes, talvez seja até mesmo uma tarefa custosa; mas é perfeitamente realizável quando dedicamos algum tempo ao silencio, retirando-nos para momentos de reflexão.
São muitos os caminhos de Deus, e a solidão pode ser um deles. “ E saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.”
Jesus Cristo, constantemente, retirava-se para a intimidade que o silencio proporciona, pois entendia que a elevação de alma somente é possível na “privacidade da solidão.”
Ninguém é capaz de seguir sua verdadeira estrada existencial, se não refletir sobre sua essência. Não encontrando o caminho necessitamos, se nós mesmos não buscarmos, usando nossos inerentes recursos da alma para perceber as inarticuladas orientações divinas em nós.
Se não encontrarmos um recanto externo que facilite a meditação, nem alguma paisagem mais afastada junto à Natureza, onde possamos repousar da inquietação da multidão, mesmo assim poderemos penetrar o nosso santuário íntimo.
Sigamos o Mestre, recolhendo-nos na solidão e no silencio do de que verdadeiramente templo da alma, onde exclusivamente encontraremos as reais concepções do amor e da justiça, da felicidade e da paz, de que todos temos o direito por Paternidade Divina.
Hammed – Do Livro As Dores da Alma.
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