* Seja Bem Vindo ao nosso Blog - Agradecemos a Deus, a Jesus, os Amigos Espirituais, pela oportunidade de trabalhar pela divulgação do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec.
*
A Seara Graça Paz e Perseverança está localizada na Rua Conde de Itaguaí, 28 QD 21 – Parque das Laranjeiras.
Presidente: Claudivan Afonso Ozório de Carvalho.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tenhamos Paz




"Tende paz entre vós" - Paulo, (I Tessalonicenses, 5:13). 

Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante. 

Cada mente constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções. 

Quando todos os centros individuas de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta. 

Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo. 

Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante. Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações, longe da boa intenção em que forma inicialmente vazadas, e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento. 

Eis por que, quanto nos seja possível, façamos seneridade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos. Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem. Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira. 


Retirado do Livro Pão Nosso - Francisco Cândido Xavier/Emmanuel

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ante a Preocupação



Jesus, querido Amigo, ajuda-nos a não nos afligir diante dos problemas ou nos prender à ansiedade a ponto de produzir em nós mesmos enormes sofrimentos íntimos. Em muitas circunstancias, os desassossegos com familiares e amigos podem nos colocar à mercê de sérios transtornos e atribulações. 

O vício do “pensamento preocupante” pode tornar-nos inabilitados para lidar com uma nova situação e incapazes de executar tarefas socorristas. 

A Divina Providencia não nos apresenta alguém com dificuldades sem que tenhamos a capacidade de induzi-lo a resolver o problema por meio do hábito de refletir e da disposição para tomar atitudes. 

Cristo de Deus ajuda-nos a tomar consciência de que a ansiedade desmedida contagia nossa intimidade. Ela prende as faculdades intelectuais sobre determinado fato ou acontecimento e cria uma mono idéia, produzindo um estado psicológico em que prevalece a fixação mental doentia. O mais terrível é que, com o tempo, a ansiedade começa a nos dominar, tornando-se uma força que nos desgasta e que depois determina nossos caminhos. 

Que a tua paz esteja conosco, Mestre, para percebermos que, quanto mais aflitos estivermos para dar respostas prontas, de acordo com aquilo que imaginamos, mais dificultaremos a ajuda verdadeira, porque, na verdade, o que devemos fazer é nortear, pura e simplesmente, levando as pessoas a lançarem mão de seu potencial e resolverem, elas próprias, seus conflitos e dificuldades. 

Benfeitor do Alto estende mãos compassivas sob nossos distúrbios de tensão ou síndromes de preocupação. 

Hammed – No Livro Lucidez

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Ante o vício da PAIXÃO




Jesus ensina-nos a entender a diferença entre dependência e amor.

Como pode o amor, - o mais nobre dos sentimentos – nos fazer mal? Como alguém pode agir sobre nós tal qual droga, um alucinógeno que nos exalta e ao mesmo tempo nos arrasa? Como dosar ou utilizar na porção certa a inclinação amorosa?

São essas dúvidas cruéis que nos rodeiam mente e nos fazem às vezes sentir vontade de desistir da busca: tudo nos parece sem importância, não conseguimos avançar , não vemos com otimismo o futuro.

Cristo Amado estamos cientes de que a paixão termina,o amor não. A paixão vence e refreia o que a razão sugere e pondera; o amor propõe liberdade. Por isso, quando amamos alguém, devemos deixá-lo livre. Se partir, é porque nunca o tivemos; se voltar, é porque o conquistamos.


Querido Mestre, são diversos os mitos sobre o amor e quase todos nós damos fé ou afirmamos como verdades certas crenças ou construções mentais idealizadas. Temos tendência e inclinação:


• para acreditar que o amor real traz sofrimento e que, se recusamos a sofrer por amor, nunca amaremos corretamente. O amor que significa um contínuo sofrer não é amor, é dor. E dor é um indício de que algo vai mal ou está doente e precisa ser apurado e tratado;
• para afirmar que só se ama verdadeiramente uma vez na vida, alegação notável e romântica, mas completamente equivocada. Podemos amar inúmeras vezes e tão fortemente quanto antes, ou até mais. A cada nova existência, cresce o número de nossos amores;


Por essas razões, Mestre e Senhor, estamos pedindo-te que nos ajudes a sair deste círculo vicioso, para que, tomando posse de nosso valor pessoal, voltemos a acreditar em nós mesmos, e assim,em breve, possamos amar sem medo da rejeição e abandono.

Jesus socorre o nosso amor!

Hammed- No Livro Lucidez

terça-feira, 26 de junho de 2012

Oração do Agradecimento



Autoria: Amélia Rodrigues
Psicografia: Divaldo Franco

Muito obrigado Senhor!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.

Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.

Muito obrigado Senhor!
Porque eu posso ver meu amor.
Mas diante da minha visão
Eu detecto cegos guiando na escuridão
que tropeçam na multidão
que choram na solidão.

Por eles eu oro e a ti imploro comiseração
porque eu seique depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão!

Muito obrigado Senhor!
Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do olmeiro
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!

Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais!
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro.
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!

Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir
Porque eu sei
Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir!

Obrigado pela minha voz
Mas também pela sua voz
Pela voz que canta
Que ama, que ensina, que alfabetiza,
Que trauteia uma canção
E que o Teu nome profere com sentida emoção!

Diante da minha melodia
Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia.
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia.
Oro por eles
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova
Eles cantarão!

Obrigado Senhor!
Pelas minhas mãos
Mas também pelas mãos que aram
Que semeiam, que agasalham.
Mãos de ternura que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
De caridade, de solidariedade
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!

Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias!
Pelas mãos que atendem a velhice
A dor
O desamor!
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio!
E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar!

Obrigado Senhor!
Porque me posso movimentar.
Diante do meu corpo perfeito
Eu te quero rogar
Porque eu vejo na Terra
Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar.

Eu oro por eles
Porque eu sei, que depois desta expiação
Na outra reencarnação
Eles também bailarão!

Obrigado por fim, pelo meu Lar.
É tão maravilhoso ter um lar!
Não é importante se este Lar é uma mansão, se é uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô, uma casa do caminho ou seja lá o que for.

Que dentro dele, exista a figura
do amor de mãe, ou de pai
De mulher ou de marido
De filho ou de irmão
A presença de um amigo
A companhia de um cão
Alguém que nos dê a mão!

Mas se eu a ninguém tiver para me amar
Nem um tecto para me agasalhar,
nem uma cama para me deitar
Nem aí reclamarei.
Pelo contrário, eu te direi

Obrigado Senhor!
Porque eu nasci!
Obrigado porque creio em ti
Pelo teu amor, obrigado senhor!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O perdão do coração



Andrey Cechelero 

"O que é indispensável é nunca perdermos de vista o nosso próprio trabalho, sabendo perdoar com verdadeira espontaneidade de coração. Se nos labores da vida um companheiro nos parece insuportável, é possível que também algumas vezes sejamos considerados assim. Temos que perdoar aos adversários, trabalhar pelo bem dos nossos inimigos, auxiliar os que zombam da nossa fé." 

O mestre introduziu com perfeição as noções do verdadeiro perdão. Seus diálogos carinhosos com os discípulos pregaram por diversas vezes, a necessidade do verbo perdoar nas ações e pensamentos humanos. 

Mas o que significa "perdoar"? Os dicionários de nossa língua definem como absolver, redimir, mas é este o verdadeiro perdão? Certamente que não. Precisamos aprofundarmo-nos um tanto mais para compreendê-lo. 

O esquecimento do erro é a alma do perdão. Sem ele não podemos nos libertar das lembranças penosas, e das vinculações negativas com o próximo. Porém, cabe aqui um esclarecimento muito importante: não é a mente, a memória, que deve esquecer a ofensa, mas sim o coração, fazendo com que os sentimentos olvidem os fatos dolorosos. Por esta razão dizemos que, se ainda houver alguma gota de ressentimento, ainda não há o completo perdão. 

O ressentimento faz com que voltemos a nos sentir mal, faz com que retornem as mesmas impressões doloridas, a mesma mágoa do passado. Ressentir é sentir continuamente, é continuar sentindo algo desagradável, como se as lembranças tristes permanecessem ecoando nas naves amplas do nosso coração indefinidamente. 

Assim, para que exista o perdão do coração, faz-se necessário eliminar o ressentimento. Desta forma a memória poderá até lembrar, mas os sentimentos negativos já terão desaparecido, e isso propiciará nossa libertação das vibrações tempestuosas, dos traços de odiosidade que carregamos conosco. 

Como, então, fazer sumir o ressentimento? Com a compreensão, com a visão ampliada que o Espiritismo nos dá, mostrando-nos que nada acontece fruto do acaso, que nenhum sofrimento tem a intenção de nos prejudicar, e que, no estágio evolutivo em que estamos os erros ainda são comuns. 

Precisamos compreender as dificuldades dos outros: Precisamos enxergar no ofensor, no inimigo que nos prejudica, uma alma que sofre um ser que necessita de auxílio. 

Nosso orgulho terá dificuldades em aceitar o perdão, pois para ele parecerá fraqueza, humilhação. Porém, com a compreensão mais madura da vida, das vicissitudes, das provas, expiações, nosso coração aceitará melhor, livre dos ressentimentos, atado somente à lição maior do amor ao próximo. 

Ouvindo injúrias, recebendo críticas destruidoras e sendo abandonado pelas almas que deveriam amá-lo, Jesus perdoou, exemplificando o conteúdo excelso de sua mensagem. 

Na perfeição do mestre não havia lugar para o ressentimento... 


Boa Nova, Francisco Cândido Xavier
Espírito Humberto de Campos
(Jornal Mundo Espírita de Abril de 2001)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Perdão e Autoperdão

Hoje é o dia da tão aguardada palestra do nosso querido Divaldo Franco, e aproveitamos o ensejo para postar um belo ensinamento de Joanna de Ângelis, através do querido médium, sobre o Perdão e Autoperdão




Joanna de Ângelis

Toda vez em que a culpa não emerge de maneira consciente, são liberados conflitos que a mascaram, levando a inquietações e sofrimentos sem aparente causa.
Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos quais são arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise de profundidade em torno dos males produzidos, seja de referência à própria pessoa ou a outrem.
Cedo ou tarde, ressumam de maneira inquietadora, produzindo mal-estar, inquietação, insatisfação pessoal, em caminho de transtorno de conduta.
A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, e deve ser enfrentada com serenidade e altivez.
Ninguém se pode considerar irretocável enquanto no processo da evolução.
Mesmo aquele que segue retamente o caminho do bem está sujeito a alternância de conduta, tendo em vista os desafios que se apresentam e o estado emocional do momento.
Há períodos em que o bem-estar a tudo enfrenta com alegria e naturalidade, enquanto que, noutras ocasiões, os mesmos incidentes produzem distúrbios e reações imprevisíveis.
Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar- se, não permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal que fizeram.
Muitos males são ao próprio indivíduo feitos, produzindo remorso, vergonha, ressentimento, sem que haja coragem para revivê-los e liberar-se dos seus efeitos danosos.
Uma reflexão em torno da humanidade de que cada qual é possuidor permitir-lhe-á entender que existem razões que o levam a reagir, quando deveria agir, a revidar, quando seria melhor desculpar, a fazer o mal, quando lhe cumpriria fazer o bem...
A terapia moral pelo autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo.
Torna-se essencial, portanto, uma reavaliação da ocorrência, num exame sincero e honesto em torno do acontecimento, diluindo-o racionalmente e predispondo-se a dar-se uma nova oportunidade, de forma que supere a culpa e mantenha- se em estado de paz interior.
O autoperdão é essencial para uma existência emocional tranquila.
Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo, desamarrando- se dos cipós constringentes do remorso.
Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver.
...

Em face do autoperdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo da paz.
Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, que ele é infeliz, que a sua peçonha caracteriza-lhe o estado de inferioridade.
Mediante este enfoque surge um sentimento de compaixão que se desenvolve, diminuindo a reação emocional da revolta ou do ódio, ou da necessidade de revide, descendo ao mesmo nível em que ele se encontra.
O célebre cientista norte-americano Booker T. Washington, que sofreu perseguições inomináveis pelo fato de ser negro, e que muito ofereceu à cultura e à Agricultura do seu país, asseverou com nobreza: Não permita que alguém o rebaixe tanto a ponto de você vir a odiá-lo.
Desejava dizer que ninguém deve aceitar a ojeriza de outrem, o seu ódio e o seu desdém a ponto de sintonizar na mesma faixa de inferioridade.
Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral constituem o antídoto para o ódio de fácil irrupção.
Sem dúvida, existem os invejosos, que se comprazem em denegrir aquele a quem consideram rival, por não poderem ultrapassá-lo; também enxameiam os odientos, que não se permitem acompanhar a ascensão do próximo, optando por criar-lhes todos os embaraços possíveis; são numerosos os poltrões que detestam os lidadores, porque pensam que os colocam em postura inferior e se movimentam para dificultar-lhes a marcha ascensional; são incontáveis aqueles que perderam o respeito por si mesmos e auto-realizam-se agredindo os lidadores do dever e da ordem, a fim de nivelá-los em sua faixa moral inferior...
Deixa que a compaixão tome os teus sentimentos e envolve-os na lã da misericórdia, quanto gostarias que assim fizessem contigo, caso ainda te detivesses na situação em que eles estagiam.
Perceberás que um sentimento de compreensão, embora não de conivência com o seu erro, tomará conta de ti, impulsionando-te a seguir adiante, sem que te perturbes.
Sob o acicate desses infelizes, aos quais tens o dever de compreender e de perdoar, porque não sabem o que fazem, ignorando que a si mesmos se prejudicam, seguirás confiante e invencível no rumo da montanha do progresso.
Ninguém escapa, na Terra, aos processos de sofrimento infligido por outrem, em face do estágio espiritual em que se vive no Planeta e da população que o habita ainda ser constituída por Espíritos em fases iniciais de crescimento intelecto-moral.
Não te detenhas, porque não encontres compreensão, nem porque os teus passos tenham que enfrentar armadilhas e abismos que saberás vencer, caso não te permitas compartilhar das mesmas atitudes dos maus.
Chegarás ao termo da jornada vitoriosamente, e isso é o que importa.
O eminente sábio da Grécia, Sólon, costumava dizer que nada pior do que o castigo do tempo, referindo-se às ocorrências inesperadas e inevitáveis da sucessão dos dias. Nunca se sabe o que irá acontecer logo mais e como se agirá.
Dessa forma, faze sempre todo o bem, ajuda-te com a compaixão e o amor, alçando-te a paisagens mais nobres do que aquelas por onde deambulas por enquanto.
...
Perdoa-te, portanto, perdoando, também, ao teu próximo, seja qual for o crime que haja cometido contra ti.
O problema será sempre de quem erra, jamais da vítima, que se depura e se enobrece.
Pilatos e Jesus defrontaram-se em níveis morais diferentes.
A astúcia e a soberba num, a sua glória mentirosa e a sua fatuidade desmedida.
A humildade real, a grandeza moral e a sabedoria profunda no outro, que era superior ao biltre representante do poder terreno de César.
Covarde e pusilânime, Pilatos não lhe viu culpa, mas não o liberou, porque estava embriagado de ilusão sensorial, lavando as mãos,em torno da Sua vida, porém, não se liberando da responsabilidade na consciência.
Estóico e consciente Jesus aceitou a imposição arbitrária e infame,deixando-se erguer numa cruz de madeira tosca, a fim de perdoar a todos e amá-los uma vez mais, convidando-os à felicidade.
Perdoa, pois, e autoperdoa-te!

Joanna de Ângelis

Página psicografada na sessão da noite de 4 de janeiro de 2005, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador,Bahia.

Médium: Divaldo P. Franco

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Piedade



Sérgio Biagi Gregório 

Piedade é um termo usado em duplo sentido: 1) devoção e respeito por pessoas ou coisa dignas de veneração; 2) compaixão, dó, pena. Neste último sentido, reflete, muitas vezes, um sentimento passageiro que leva a palavra ou gestos sem valor real. Podemos, por exemplo, dar pêsames a uma viúva sem, contudo, compartilhar da sua dor. Reflitamos, pois, sobre este tema.

A piedade é a precursora da caridade. Em realidade, a piedade origina-se de um sentimento de compaixão para com o próximo. O ser humano, quando tem por princípio a piedade, se enternece da dor alheia: esquece-se de si mesmo e dedica-se totalmente à satisfação das necessidades alheias. Para tanto, coloca em prática o "amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo". Pode-se dizer que a piedade é o princípio, o ensejo, o desejo de praticar uma boa ação. Quando da sua execução, transforma-se em caridade. Por isso, são consideradas irmãs.

A piedade mostra o grau de evolução do ser humano; é a virtude que mais nos aproxima dos anjos Ela é a simpatia espontânea e desinteressada que se antepõe à antipatia gratuita ou despeitosa. O ser, possuidor desta excelsa virtude, jamais pede alguma coisa e distribui tudo quanto possui. Por isso, os amigos espirituais estão sempre nos convidando a deixar o nosso coração se enternecer diante das misérias e sofrimentos alheios, e mesmo nascendo ao lado infelicidade, tira-nos o vazio dos gozos terrestres.

O Divino Messias praticou-a com galhardia. Ele nos ensinou o amor-abnegação e o amor-sacrifício. Se todos os povos retornassem aos tempos da pureza primitiva do Evangelho, a Terra seria um planeta em que a felicidade jorraria por todos os lados, porque cada ser humano agiria com concórdia e paz para com o seu irmão. Ao mesmo tempo, teriam sempre inspirações para domar o egoísmo e o orgulho. A sua prática, longe está de causar aborrecimentos, pois ao revitalizarmos o ânimo de um irmão infeliz, é a nós mesmos que estamos revitalizando.

Dizemo-nos seguidores do Cristo. Contudo, para que se efetive tal procedimento, devemos imitar os exemplos de Jesus. Algumas situações contraditórias: ajudo, mas este homem é viciado; atenderei, entretanto, essa irmã é cruel; compadeço-me, todavia, esse irmão é ingrato. O Espírito Emmanuel diz-nos que a verdadeira piedade é filha legitima do amor. Não perde tempo na identificação do mal. Interessa-se excessivamente no bem para descurar-se dele em troca de ninharias. Acrescenta: "Ninguém guarde a presunção de elevar-se sem o auxilio dos outros; embora não deva buscar a condição parasitaria para ascensão".

O que nós sabemos foi extraído de alguém que já passou por este Planeta antes de nós. Por isso, devemos sempre nos colocar numa situação de humildade frente a todos os acontecimentos da vida. Esta é a verdadeira piedade para com o nosso próximo.


Sérgio Biagi Gregório

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O que É e o que NÃO É o Espiritismo (parte III)



Hoje estamos finalizando o conteúdo referente ao texto "O que é e o que não é Espiritismo", com o intuito de ajudar aqueles que não conhecem o Espiritismo, seguem as últimas informações referentes ao que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita verdadeira.


* Não há promessas de curas: o verdadeiro centro espírita não promete a cura para quem o procura. A Doutrina afirma que a cura de uma influência espiritual ou doença material depende de uma série de fatores, entre os quais a modificação moral do enfermo, sua necessidade, seus problemas relacionados com encarnações anteriores e acima de tudo, se há ou não a permissão de Deus para que haja a solução da dificuldade. Muitas vezes, o sofrimento é um período necessário para o ser refletir sobre sua existência, e o único que sabe quando é a hora disso terminar é o Criador. O que o centro espírita faz é um pronto-socorro aos necessitados de amparo e esclarecimento, é de todas as formas possíveis (orações, tratamentos espirituais, passes, orientações morais e materiais) tenta minimizar o sofrimento alheio, rogando a Jesus que se o Pai permitir, que interceda junto ao indivíduo.

* Promessas de cura: qualquer lugar que prometa a cura de problemas espirituais ou materiais, sem levar em consideração os fatores já citados, não é um local espírita. Condicionar uma cura à freqüência exclusiva naquele ambiente, ao pagamento de dinheiro ou bens materiais, ou mesmo à "força da casa" não tem base no Espiritismo e foge do bom senso que regula as leis de Deus. Estas, não podem ser modificadas de acordo com nossa vontade. Por isso, prometer algo que não depende apenas de nós mesmos beira a irresponsabilidade e pode levar a pessoa desesperada ao desequilíbrio total ou à descrença em Deus.

* Passes simples: o passe é um método utilizado dentro dos centros espíritas. Nada mais é do que a simples imposição das mãos de médiuns sobre a fronte de outras pessoas, transmitindo-lhes fluidos magnéticos e espirituais (energias positivas do próprio médium e de bons Espíritos), no intuito de fortalecer-lhes o corpo e a parte espiritual. Tem duração em média de 30 segundos a 01 minuto. Geralmente, é aplicado dentro de salas específicas, após a palestra, individual ou coletivamente, com o público sentado e o passista de pé. Apenas são feitas orações, em pensamento, pelos médiuns, rogando o amparo de Jesus àqueles que estão recebendo os fluidos. Os passistas não ficam incorporados pelos Espíritos, apenas recebem sua influência mental e fluídica.Importante: nunca há necessidade do passista tocar a pessoa que recebe o passe. Toques, apertos, carícias têm grandes possibilidades de serem mal-interpretados, gerando confusões, e por isso são dispensados no centro espírita.

* Passes com movimentos: locais em que os passes são aplicados com movimentos bruscos, utilizando objetos, baforadas de cigarro ou charuto, estalando-se os dedos, repetindo mantras e cânticos, tocando várias partes do corpo do receptor não são centros espíritas. Passistas que transmitem os passes incorporados por entidades, fazendo orientações ou conversando normalmente, não são médiuns espíritas.

* Todo o serviço espiritual é gratuito: o verdadeiro centro espírita não cobra nenhuma orientação ou ajuda espiritual de seu público, nem condiciona o recebimento de curas ou salvação às doações. Dar de graça o que de graça receber, ensinou Jesus, em alusão aos conhecimentos espirituais. Não aceita dinheiro por serviços prestados mediunicamente. Seus dirigentes e trabalhadores têm profissões próprias, que lhes dão o sustento financeiro necessário para suas vidas. Quem sustenta materialmente a casa espírita são seus trabalhadores, através de doações mensais, destinadas ao pagamento de aluguéis, manutenção, divulgação doutrinária e aquisição de alimentos, roupas e demais objetos a serem distribuídos às famílias carentes ou instituições filantrópicas que sejam assistidas pelo grupo. Todo valor arrecadado será exposto em balanços mensais, para que tanto trabalhadores como freqüentadores tenham acesso sobre onde é investido o dinheiro do centro espírita. Caso algum freqüentador da casa queira doar algo ao núcleo, é preferível que a doação seja feita em gêneros alimentícios, roupas, materiais de construção e afins, que poderão ser destinados aos carentes ou mesmo utilizados na manutenção da casa. Se houver por algum motivo uma doação em dinheiro, o centro espírita deverá fornecer um recibo ao doador e inscrever esta doação no balanço mensal do grupo.

* Cobrança pela ajuda espiritual: todo local que cobra dinheiro, favores ou exige qualquer coisa ou favor material devido à ajuda espiritual prestada não é um centro espírita. A cobrança financeira é própria de pessoas que vivem da exploração da crença alheia, contrariando os ensinos de Jesus. Há seitas que pedem dinheiro aos seus assistidos afirmando que será usado para o feitio de trabalhos espirituais, como a compra de velas, comida, roupas e coisas do gênero. Isso não é Espiritismo. Espíritos que se prestam a fazer serviços espirituais em troca de coisas materiais são entidades atrasadas, que nada de bom podem trazer aos que os procuram.
Não podemos comprar a paz de espírito e tranqüilidade que buscamos, é isto que prega a Doutrina Espírita. Se não for esta a orientação do local, com certeza não é um ambiente espírita.



Copyright by Grupo Espírita Apóstolo Paulo

terça-feira, 19 de junho de 2012

O que É e o que NÃO É o Espiritismo (parte II)



Dando continuidade ao post anterior, visando ajudar aqueles que não conhecem o Espiritismo, seguem mais informações referente ao que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita verdadeira:

* Presença de rituais como: ajoelhar-se frente a algo ou alguém, beijar a mão ou louvar os responsáveis pela casa, benzer-se, sentar-se no chão ou ficar levantando e sentando durante os trabalhos, proferir determinadas palavras (mantras) para evocar os Espíritos. Nas sedes dos verdadeiros centros espíritas não são encontradas imagens de santos ou personalidades do movimento espírita, amuletos de sorte, figuras que afastam ou atraem maus Espíritos, incensos, velas e tudo o mais que seja material e que teoricamente serviria de ligação com o mundo espiritual. Animais para sacrifício: o local que possui este tipo de prática ou decoração não é espírita. O Espiritismo é contrário a qualquer tipo de sacrifício animal. Espíritos que pedem este tipo de atividade são Espíritos atrasados, ignorantes da Lei de Deus e muitas vezes maléficos, que podem prejudicar a vida de quem dá ouvidos aos seus baixos desejos.

* Comunicação particular com os Espíritos: os grupos espíritas têm reuniões específicas e íntimas para que os trabalhadores da casa, aptos e preparados durante longos estudos para tal, possam comunicar-se com os Espíritos. E através deles, obter informações do mundo espiritual, orientações e mesmo ajudar no afastamento de perturbações espirituais que porventura estejam prejudicando alguém. Todo este cuidado baseia-se na orientação dos próprios Espíritos superiores, responsáveis pela elaboração do Espiritismo, como também no alerta de João, o Evangelista, que em sua 1ª Epístola, capítulo IV, versículo 1, diz: "Amados, não creiais em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus". Agindo assim, o centro espírita evita o máximo possível a influência de Espíritos zombeteiros e maldosos, que muitas vezes vêem neste contato com os encarnados a oportunidade de tecer comentários mentirosos e doutrinas esdrúxulas. A seriedade de reuniões fechadas os intimida, favorecendo a presença dos Espíritos esclarecidos.
Há alguns tipos de trabalhos mediúnicos, principalmente de psicografia (escrita dos Espíritos através de médiuns), onde pessoas levam até lá o nome de entes desencarnados para tentarem a comunicação dos mesmos através da mediunidade, e ficam observando a manifestação. O médium Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, da cidade mineira de Uberaba, é um destes exemplos. Porém, nestes casos, o Espírito não se comunica diretamente com seu parente. Apenas influencia o médium, que escreverá, de forma discreta e ordenada, a mensagem do além.

* Comunicação de Espíritos em público: a Doutrina Espírita é contrária a este tipo de manifestação, cercada geralmente de curiosidades e interesses materiais, ao invés do bom senso que deve permear toda comunicação espiritual. Há locais em que os médiuns recebem seus "guias" ou "Espíritos protetores", teoricamente responsáveis pelo funcionamento da casa, e orientam os consulentes sobre qualquer tipo de dúvida. Muitas vezes, as respostas dadas por este tipo de Espírito não têm base científica ou doutrinária alguma, seguindo apenas seu próprio conhecimento, que pode ser limitado. Em vários destes lugares em que há a manifestação pública, as entidades espirituais são servidas de fumo, bebida, comida, ingeridas pelo médium incorporado. Com isso, mostram a limitação destes Espíritos, ainda muito apegados aos vícios e prazeres materiais.

* Desenvolvimento cauteloso da mediunidade: a Doutrina Espírita explica que todo ser vivo tem mediunidade, pois é através dela que os encarnados recebem influências boas e más do mundo espiritual, que servirão de ajuda ou aprendizado no decorrer de suas existências terrenas. São chamados de médiuns aqueles capazes de proporcionar a manifestação dos espíritos. O Espiritismo adverte que para poder ampliar esta ligação com o mundo espiritual, é necessário que o médium passe por uma série de preparativos. Anos de estudo, maturidade, modificação moral constante, vida regrada, abstendo-se dos vícios mais grosseiros, como o fumo e a bebida, são algumas das regras básicas para que o indivíduo possa vir a desenvolver sua mediunidade, e estão contidas em "O Livro dos Médiuns" . Os centros espíritas verdadeiros não aconselham a pessoa a trabalhar mediunicamente sem antes passar por este período e preparação citados. Muito menos diz que alguém "precisa" desenvolver a mediunidade. Ninguém é obrigado a nada, afirma a Doutrina. Todos têm seu livre-arbítrio, e mesmo que o ser tenha um canal mediúnico amplo, próprio para o desenvolvimento da mediunidade, e não quiser desenvolvê-lo, não há problema. Tudo o que é forçado é prejudicial ao homem.

* Desenvolvimento mediúnico forçado: se ao chegar em um ambiente espiritualista lhe afirmarem que sua mediunidade "precisa" ser desenvolvida, caso contrário você sofrerá as conseqüências materiais e espirituais; sua vida será um transtorno; que os Espíritos estão lhe chamando para o trabalho; que esta é a sua missão; com certeza este não é um local que segue a Doutrina Espírita. Há seitas e religiões afro-brasileiras que obrigam a pessoa a desenvolver-se mediunicamente e depois as ameaçam com terríveis problemas futuros se elas deixarem de "trabalhar". Isto gera angústia, medo e desespero nos envolvidos, que geralmente acabam vítimas de graves obsessões (influência maléfica persistente de um Espírito atrasado sobre outro ser). Cuidado!


Copyright by Grupo Espírita Apóstolo Paulo 
http://www.espirito.org.br/portal/palestras/geap/oqueeo.html

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que É e o que NÃO É o Espiritismo (parte I)


Todos nós estamos buscando conhecimento dentro da Doutrina Espírita, muitos já conhecem bem e outros estão começando a conhecer. Estaremos iniciando hoje a postagem desse texto, que foi extraído do portal do Espírito, cuja autoria está atribuída ao Grupo Espírita Apósto Paulo. É um conteúdo muito interessante e de extrema importância para que possamos identificar, saber se realmente o que estamos conhecendo é ou não é Espiritismo.

Existe uma confusão muito grande a respeito do que é ou não é Doutrina Espírita ou Espiritismo. Isto porque há pessoas que não sabem que as palavras "espírita" e "espiritismo" foram criadas em 1857, na França, pelo codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec. Somente deveriam utilizarem-se destes termos os locais religiosos ou pessoas que seguissem os postulados desta doutrina.

Assim, cultos e religiões que de alguma forma têm em suas práticas a comunicação de Espíritos e a crença na reencarnação são confundidas erroneamente com o Espiritismo.
Na verdade, embora mereçam todo o respeito dos espíritas verdadeiros, estas seitas são adeptas do espiritualismo ou esoterismo, e não do Espiritismo.
Todos aqueles que acreditam na existência do Espírito são espiritualistas. Mas nem todos os espiritualistas são espíritas, praticantes do Espiritismo.
Para que uma casa religiosa seja espírita, ela deve seguir os ensinamentos contidos nas Obras Básicas da Doutrina Espírita e no Evangelho de Jesus. Geralmente, os locais espíritas recebem o nome de: Centro, Grupo, Casa, Sociedade, Instituição ou Núcleo Espírita. Deve ser legalmente constituído, de acordo com as leis vigentes no país em que está instalado. Mesmo ostentando este nome, quem os visita necessita estar atento para quais as atividades e as formas como as mesmas são praticadas por seus dirigentes e auxiliares

Visando ajudar àqueles que não conhecem o Espiritismo, estaremos mostrando o que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita verdadeira.

* Palestras: todo centro espírita tem o seu momento de esclarecimento doutrinário. As exposições geralmente são sobre a Codificação espírita e o Evangelho de Jesus, em uma ligação direta com nosso cotidiano. Não há nenhum ritual antes dos trabalhos, a não ser uma prece evocando a proteção de Jesus e dos bons Espíritos (geralmente, a oração é feita em pensamento). Em algumas oportunidades, antes ou no final das palestras, alguns grupos fazem a apresentação de corais musicais, quase sempre formados por grupos de jovens. Porém, este tipo de procedimento não é aconselhável, sendo indicado que seja praticado em datas e horários diferentes dos trabalhos espirituais e de esclarecimento ao público, exatamente para se evitar confusões e mal-entendidos.

* Explanações e orações ao som de músicas, batuques, atabaques: o Espiritismo não utiliza instrumentos musicais para exortar o público ou evocar Espíritos. Não há o uso de qualquer instrumento durante os trabalhos.

* Trajes normais: os trabalhadores de uma casa espírita trajam-se normalmente, de forma simples. A discrição deve fazer parte dos que trabalham no local, pois ali estão para auxiliar as pessoas que buscam orientação para seus problemas materiais e espirituais.

* Trajes especiais: o Espiritismo não tem roupas especiais para os dias de trabalhos ou mesmo no dia-a-dia das seus adeptos. Enfeites, amuletos, colares, vestimentas com cores que significariam o bem (branca) ou o mal (negra, vermelha) não têm fundamento para o espírita.

* Inexistência de rituais, amuletos e imagens: o verdadeiro centro espírita não pratica em suas atividades nenhum tipo de ritual. A Doutrina Espírita segue o que o Mestre Jesus ensinou: que Deus é Espírito, e deve ser adorado em espírito e verdade. Portanto, sem a necessidade de nada material para contatarmos com a espiritualidade.


Continuação na próxima postagem

sexta-feira, 15 de junho de 2012

ONDE ESTÁ DEUS?



"Onde está Deus?", pergunta o cientista,
Ninguém O viu jamais. "Quem Ele é?".
Responde à pressa, o materialista:
"Deus é somente uma invenção da fé!".

O pensador dirá, sensatamente:
"Não vejo Deus, mas sinto que Ele existe!
A natureza mostra claramente
Em que o poder do Criador consiste".

Mas o poeta dirá, com a segurança
De quem afirma porque tem a certeza:
"Eu vejo Deus no riso da criança,
No céu, no mar, na luz da natureza!

Contemplo Deus brilhando nas estrelas,
No olhar das mães fitando os filhos seus,
Nas noites de luar claras e belas,
Que em tudo pulsa o coração de Deus!

Eu vejo Deus nas flores e nos prados,
Nos astros a rolar no infinito,
Escuto Deus na voz dos namorados,
E sinto Deus na lágrima do aflito!

Percebo Deus na frase que perdoa,
Contemplo Deus na mão que acaricia.
Escuto Deus na criatura boa
E sinto Deus na paz e na alegria!

Eu vejo Deus no médico salvando,
Pressinto Deus na dor que nos irmana.
Descubro Deus no sábio procurando
Compreender a natureza humana!

Eu vejo Deus no gesto da bondade,
Escuto Deus nos cânticos do crente.
Percebo Deus no sol, na liberdade,
E vejo Deus na planta e na semente!

Eu vejo Deus, enfim, em toda parte,
Que tudo fala dos poderes teus,
Descubro Deus nas expressões da arte,
No amor dos homens também sinto Deus!

Mas onde eu sinto Deus com mais beleza,
Na sua mais sublime vibração,
Não é no coração da natureza,
É dentro do meu próprio coração!".

Do livro "Onde Está Deus?", do poeta espírita José Soares Cardoso

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Deus não Castiga?



Grande parte dos religiosos temem a Deus, procuram agir de forma diferente por medo do Castigo Divino, enxergam Deus como um ser severo, que castiga se não fizermos o que está escrito na Bíblia. Acabam por possuir uma fé cega, irracional, sem buscar uma verdadeira compreensão, passam a acreditar no que é repassado a eles sem buscar nenhuma base, sem questionar, sem buscar respostas para os questionamentos provenientes da nossa consciência.

"Deus não castiga?

Recebemos o retorno das ações negativas praticadas até despertarmos para a importância do Bem e da autotransformação. 
O que chamamos de castigo é oportunidade de Reeducação
Deus educa. A idéia de que Deus nos pune porque se sente ofendido com nossas ações negativas não condiz com a grandeza de Deus. Deus não é um homem que se sente ofendido e por isso castiga e pune o “pecador”. Ele é todo Sabedoria e Amor, por isso permite que realizemos a colheita hoje do que semeamos ontem, para que nos tornemos responsáveis ante a própria vida."

Fé e Razão / Rossano Sobrinho

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A importância do Evangelho no Lar....


Boa tarde a todos!!



Jesus no Lar

O culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem.

O homem aperfeiçoado ilumina a família.

A família iluminada melhora a comunidade.

A comunidade melhorada eleva a nação.

O homem evangelizado adquire compreensão e amor.

A família iluminada conquista entendimento e harmonia.

A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.

A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.

Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.

O fenômeno deslumbra. O raciocínio indaga.

Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.

Imprescindível conhecer o próprio destino.

Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.

É necessário clarear o caminho.

Do Evangelho no lar, depende o aprimoramento do homem.

Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.


Nosso Livro.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Distorções e Inverdades em relação a Doutrina Espírita


Hoje está circulando no facebook um texto compartilhado por um padre, com autoria de um frei, onde é feita uma comparação entre um católico e um espírita

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10150957068525629&set=a.10150338836165629.366208.806655628&type=1&theater

É triste ver como distorcem a doutrina espírita, ficamos até perplexos com esss texto e outros que circulam na Internet, quem tem o mínimo de conhecimento da doutrina percebe perfeitamente como esse texto contém inverdades e distorções, vamos buscar o conhecimento!

Li um comentário de uma companheira da nossa Seara "Ária Carvalho" e pedi autorização dela para compartilhar esse texto com todos!

"Quase todos os dias recebo e-mails e outras mensagens religiosas (de todas as crenças) que buscam desqualificar a diversidade religiosa, a diversidade étnica, a diversidade sexual e etc... Busco por vezes me manter neutra por respeito a todos os queridos amigos que fazem parte dessa mesma diversidade. Costumo me pronunciar apenas quando isso afeta minha profissão ou os meus princípios éticos ou morais. Não discuto religião pois valorizo o direito a liberdade que cada um tem de seguir o que acredita, mas acredito acima de tudo que esse mesmo Deus que muitos usam para descriminar é um Deus de amor e justiça e acredito que Ele deve estar profundamente triste ( pra dizer o minimo) com o que estão fazendo com o Nome Dele... Acabei de responder mais uma dessas mensagens da seguinte forma:

"Nunca imaginei que um padre, considerado homem que divulga a palavra de Deus pudesse ser tão preconceituoso com outros irmão em Cristo, porém com crenças diferentes.
Acho que a falta de conhecimento cientifico e acima de tudo falta de compreensão do maior ensinamento de Jesus não se concretiza neste planetinha azul...
Prefiro crer em Cristo do que nas "religiões", afinal Ele me ensinou a "Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a mim mesmo" , que somos nós pobres pecadores para atiramos pedras sem olharmos nossos próprios pecados e acima de tudo Ele me ensinos a " Não julgar para ser julgada"....

Amores, vamos nos amar como Jesus nos amou, sem nos desrespeitarmos, sem nos agredirmos por sermos diferentes, sem ferir a essência de cada um...
Jesus acolheu Maria Madalena, Jesus escolheu para serem seus Apóstolos, o Cobrador de Imposto, o Pescador, escolheu pessoas do mundo para Lhe seguir, não escolheu santos e nem pessoas perfeitas, pois sabemos que perfeitos nenhum de nós somos...

Perdoem-me o desabafo, mas amo e respeito as pessoas pelo que elas são e não por suas escolhas e opções terrenas!!!
Chega de Intolerância, principalmente a religiosa...Creio que Deus é um só para todos nós!

Paz, Amor e Respeito a TODOS!!!! "






sexta-feira, 8 de junho de 2012

Prece de Cáritas


DEUS, nosso Pai, que sois todo poder e bondade, dai forca àquele que passa pela provação; dai luz àquele que procura a verdade, pondo no coração do homem a compaixão e a caridade. Deus, dai ao viajor a estrela guia; ao aflito a consolação; ao doente o repouso. Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança o guia, ao órfão o pai. Senhor, que a vossa bondade se estenda sobre tudo que Criastes. Piedade Senhor, para aqueles que não vos conhecem, esperança para aqueles que sofrem. Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé. Deus, um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra. Deixa-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós como um grito de reconhecimento e amor. Como Moisés sobre a montanha, nos Vós esperamos com os braços abertos, oh! Poder... oh! Bondade... oh! Beleza... oh! Perfeição, e queremos de alguma sorte alcançar a Vossa misericórdia. Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós. Dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas, o espelho onde deve refletir a Vossa Santa e Misericordiosa imagem.




terça-feira, 5 de junho de 2012


Chamo-me Caridade!
Hoje, visitei os lares pobres onde crianças esquálidas, de estômagos atormentados pela fome, solicitavam em preces infantis o pão farto que nunca lhes chegou.
Chamo-me Caridade!
Sondei os corações maternos agoniados que, de mãos vazias, só podiam ofertar as próprias lágrimas às suas criancinhas envoltas em panos pobres.
Chamo-me Caridade!
Durante a noite, presenciei famílias inteiras depositadas a beira de pontes, como se estas fossem os únicos abrigos que pudessem lhes proteger do frio da noite.
Chamo-me Caridade!
Fui de encontro aos asilos, onde velhos de toda sorte, imploravam em preces fervorosas, a palavra que nunca lhes chegou, na visita dos parentes que estão somente na memória de suas lembranças quase esquecidas.
Sondei-lhes a alma e compartilhei com eles suas dores, suas incertezas, suas angústias.
Tentei eu, em minha pobreza, soprar aos seus ouvidos: -Coragem! Coragem! Ninguém está esquecido.
O Coração do Criador a todos se manifesta. O corpo pode estar alquebrado, mas seus sentimentos permanecem vivos como nunca.
Em teus olhos vejo o brilho da vida que as rugas trabalharam.
Coragem! Coragem!
Chamo-me Caridade!
Ví adolescentes e jovens falando em morte, tentando valer-se da ausência do seu meio familiar, para buscar no consolo do sepulcro, apagar do próprio interior, as labaredas que lhes consome o mundo íntimo.
Disse-lhes: - Vai meu filho! Busca rumo diferente... Não faça de tua vida uma porção de entulho inútil. Deus te criou para superar a ti próprio. Tens todo um futuro que te sorri. Não termines assim. Não limites tua existência, tão nobre, tão grande, a uns punhados de ervas que só te multiplicam as dores...
Chamo-me Caridade!
Fui de encontro a algumas famílias cujo trabalho faltava. Ví homens honestos, suplicando a benção de uma remuneração digna, para que pudessem suprir, perante aqueles a quem amam, o básico de uma existência pobre.
Chamo-me Caridade!
Ví mulheres, cuja maquiagem exibia em meio às vestes, a imagem nítida da opulência e da vitória, mas cujos corações estavam encharcados pelo pranto amargo de não serem amadas e compreendidas.
Ouve o conselho meu e encontre na maternidade, minha querida, as forças maiores que te possam realizar. Ainda que o homem tente dominar-te os anseios mais profundos e desviar-te os passos da senda do Amor, cerra teus ouvidos a estes apelos.
Vê nos braços pequeninos, no sorriso inocente, a grande tarefa a que o Senhor te conduziu.
Chamo-me Caridade!
Hoje estou aqui, diante de vocês, apresentando-me como mendigo, implorando de cada um: -Não esqueçam a ninguém.
A grandeza do existir não se resume à disputa estéril, do berço ao túmulo.
Estou aqui para dizer a você mãezinha, que tem essa criança ao colo, nos seus braços amigos, que saiba conduzí-la com carinho na trajetória da honestidade, da decência, do Amor ao próximo.
Vim aqui implorar aos homens: - Não esqueçam de conceder às suas companheiras o carinho e o valor que elas merecem, porque somente assim podereis formar um verdadeiro Lar.
Imploro a misericórdia a todos aqueles que perambulam na noite da vida, esquecidos e atormentados. Imploro às suas mãos, ainda que frágeis, para lhes socorrer, mesmo que, por um minuto, em suas tragédias.
Hoje mesmo, ao teu lado, está o companheiro que chora, aquele que se vê envolvido em dores infindáveis. Não é um desconhecido anônimo, é alguém que, como tu, luta para amar e ser amado.
Chamo-me Caridade!
E estarei onde os olhos humanos não conseguirem me ver....
Chamo-me Caridade!
Sou a única via de acesso à verdadeira felicidade. Por isso, venho vos convidar a participar da grande festa dos anjos, através do desprendimento de si próprios, porque a lágrima do outro é a nossa própria e a dificuldade do outro é nosso grande desafio.
Chamo-me Caridade!
Conto com o apoio de todos.
Chamo-me Caridade!
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Mensagem obtida por psicofonia pelo Médium Marcio R.Horii através do Espírito Cáritas