* Seja Bem Vindo ao nosso Blog - Agradecemos a Deus, a Jesus, os Amigos Espirituais, pela oportunidade de trabalhar pela divulgação do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec.
*
A Seara Graça Paz e Perseverança está localizada na Rua Conde de Itaguaí, 28 QD 21 – Parque das Laranjeiras.
Presidente: Claudivan Afonso Ozório de Carvalho.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Teu Recomeço



Joanna de Ângelis 

A cada momento podes recomeçar uma tarefa edificante que ficou interrompida. Nunca é tarde para fazê-lo; todavia, é muito danoso não lhe dar prosseguimento.
Parar uma atividade por motivos superiores às forças é fenômeno natural. Deixá-la ao abandono é falência moral.
A vida é constituída de desafios constantes. Sai-se de um para outro em escala ascendente de valores e conquistas intelecto-morais.
Sempre há que se começar a vida de novo.
Uma decepção que parece matar as aspirações superiores; um insucesso que se afigura como um desastre total; um ser querido que morreu e deixou uma lacuna impreenchível; uma enfermidade cruel que esfacelou as resistências; um vício que, por pouco, não conduziu à loucura; um prejuízo financeiro que anulou todas as futuras aparentes possibilidades; uma traição que poderia ter-te levado ao suicídio, são apenas motivos para recomeçar de novo e nunca para se desistir de lutar.
Não houvesse esses fenômenos negativos na convivência humana, no atual estágio de desenvolvimento das criaturas, e os estímulos para o progresso e a libertação seriam menores.
Colhido nas malhas de qualquer imprevisto ou já esperado problema aterrador, tem calma e medita, ao invés de te deixares arrastar pela convulsão que se irá estabelecer. Refugia-te na oração, a fim de ganhares força e inspiração divina.
Como tudo passa, isto também passará, e, quando tal acontecer, faze teu recomeço, a princípio, com cautela, parcimonioso, até que te reintegre novamente na ação plenificadora.
Teu recomeço é síndrome de próxima felicidade.

Divaldo P. Franco - Filho de Deus

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Viagem do Autoconhecimento


Se não fosse a persistência desse grande vulto que é Allan kardec, o que teria sido de todos nós? De mim, que despertei, realmente, com a leitura do livro dos espíritos, do evangelho consolador, para abraçar o mundo espiritual das grandes verdades que a codificação encerra.
Todo aquele que quiser ser espírita, tem de deixar muito da sua ânsia de ser compreendido.
Não pode ser hipersensível, não pode mergulhar nas susceptibilidades. Tem de ser, realmente, fraterno e compreensivo. Porque todos nós estamos na terra numa grande viagem, vocês encarnados principalmente.
Nessa grande viagem, vocês sofrem as condições exteriores de agressões, de lutas, provas, enfermidades.
Mas vocês estão, também, realizando uma grande viagem interior. Vocês estão conhecendo o caráter, a personalidade, os sentimentos que vocês agasalham dentro da alma e do coração e que só vocês conhecem.
Essa viagem interior, que todos os espíritas devem fazer, que se todas as criaturas a fizessem seria muito bom, é aquela de auto reconhecimento.
Sabemos que estamos caminhando, trazendo muita coisa que podemos deixar pelos caminhos da terra, para que as nossas almas sejam aladas e consigam empreender o grande vôo para o cimo da Luz.
Sem essa viagem interior com esses permanentes bloqueios que nós teimamos em fazer, não reconhecendo nossas falhas, nossas dúvidas, nossos conflitos, nossas neuroses, nossos traumas, transferindo sempre para o exterior tudo o que sofremos - nós não conseguiremos obter a nossa libertação.
É preciso, meus filhos, viajarmos dentro de nossa própria alma. Porque na grande viagem reencarnatória, dependendo ou não de vocês, vocês terão lutas e problemas, que, muitas vezes, esse ponto de agressão, de sentimentos inferiores. Mas, dentro do nosso espírito não, somos senhores absolutos do que pensamos, do que queremos, do que realizamos. Por isso, se as nossas chagas interiores, só nos mesmos podemos curá-las.
Que o mestre, que com suas mãos chagadas cura as chagas de nossas mãos, que nem sempre trabalham pelo próximo e que, muitas vezes, se feriram, ferindo semelhantes, que esse mestre possa, com as suas mãos divinas, acalentar a todos nós, na luz do seu infinito, do seu imenso e bondoso amor.

Bezerra de Menezes (espírito)
Psicografia de Shyrlene Campos

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Coragem para Mudar


Joanna de Ângelis 

Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrestre.
É comum que se copiem modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as conseqüências que esses modos comportamentais podem acarretar.
Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
Alguns crêem que os próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.
Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.
É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranqüilidade.
Gastemos nossas energias excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
Aprendamos a controlar nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.
Convertamos sombras em luz.
Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados.
Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.
Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.
O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranqüila.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nós mesmos.
Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.
A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a partir de quando e como ela se dará.


Psicografia de Divaldo P. Franco - Vigilância

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Somos o que atraímos


Você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo fisico que merecia,
mora onde Deus melhor te proporcionou, de acordo com teu adiantamento.

Você possui os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades,
nem mais, nem menos, mas os justo para tuas lutas terrenas.

Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para sua realização.

Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade,
portanto, seu destino esta constantemente sob teu controle.

Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica
tudo aquilo que te rodeia a existência.

Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes.

São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.

Não reclame, nem se faça de vitima.
Antes de tudo, analisa e observa, a mudança esta em tuas mãos.

Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

Chico Xavier

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os Dez Mandamentos do Jovem Espírita



1. Modificar-se interiormente para atender aos princípios de vivência trazidos pelo Evangelho, trazendo a expressão do sorriso constante.

2. Estudar incessantemente as obras espíritas, procurando nelas, um aperfeiçoamento para nossa personalidade, para o presente e futuro e participar ativamente da Mocidade Espírita.

3. Exemplificar aos outros, com nossos atos e com nosso comportamento, o que aprendemos no Espiritismo.

4. Orar e vigiar par não cair em tentação.

5. Encarar suas responsabilidades de jovem espírita, com firmeza, obedecendo horários e empenhando-se, mais e mais no estudo vibrante e esclarecedor para servir com a presteza a qualquer hora a quem quer que seja, lembrando três verbos importantes: Trabalhar, Trabalhar, Trabalhar.

6. Recordar sempre que o Espiritismo oferece substâncias de conhecimento e consciência do que, se hoje plantamos o mal, só ele colhemos, sabendo-se que ser jovem é a vez de ser o melhor plantando o bem.

7. Procurar harmonia em seu próprio lar, pois a paz do mundo começa em sua casa, buscando também desapego as utilidades materiais e sociais.

8. Guardar no silêncio das suas orações a imagem de Jesus, abençoando todos os homens do mundo para mais rápida libertação das “virtudes”, que prendem os passos à Espiritualidade maior.

9. Ter responsabilidade moral perante o sexo, a vida e às pessoas.

10. Refazer-se nas suas energias diárias, materiais e espirituais, para assim nunca sentir que a sua hora na Juventude Espírita já ficou para trás; Hoje Comece, Recomece e Continue no trabalho com Deus. Ele lhe dará força para ser um eterno jovem...

(Realização em conjunto pelas Mocidades Espíritas de Barra Bonita, Bocaina, Dois Córregos, Jaú, Mineiros do Tietê e São Manuel integrantes do 22º Depto. de Mocidades, durante o XXI ENJER, de São Manuel, aos 2 de março de 1980).

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Reclamações e Queixas



Lenta, mas, sistematicamente, vai-se arraigando na personalidade do homem o hábito infeliz da queixa e da reclamação.
Insubordinado, em razão da predominância dos próprios instintos agressivos, o indivíduo sempre encontra motivos para apresentar-se insatisfeito.
Saúde ou doença, trabalho ou desemprego, alegria ou tristeza, calor ou frio, servem-lhe sempre de pretexto para queixar-se, para reclamar...
Instala-se, esse vício, fixando-se no comportamento, que se torna azedo e desagradável, ao tempo em que fomenta distonias íntimas, neuroses, abrindo campo para que se originem diversas enfermidades.
O queixoso padece de hipertrofia da esperança e do otimismo.
Atrai a desdita e sintoniza com amargura, passando a sofrer aquilo de que aparenta desejar libertar-se.
Para quem deseja encontrar, nunca faltam motivos de queixas e reclamações.

*

Estabelece, no teu cotidiano, o compromisso de solucionar dificuldades, ao invés de gerá-las, ou complicá-las quando se te apresentem.
Silencia o queixoso, propondo-lhe fazer o melhor que lhe esteja ao alcance em detrimento do tempo perdido em reclamações.
O azedume responde pela idéia malsã de tudo ver de forma negativa, engendrando mecanismos de falso martirológio.
O queixoso, normalmente, gosta da indolência e se compraz no pessimismo.
Põe sol e beleza nas tuas paisagens, passando de uma para outra área de ação sem o fardo do mau humor, efeito de algo desagradável que por acaso tenha-te acontecido na anterior.
Quem sabe confiar e trabalha, sempre alcança a meta que busca.


FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 37.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O autoconhecimento



Paulo Henrique D. Vieira
de Uberlândia, MG

A busca do ser humano por respostas sobre a natureza e as coisas, a vida e si mesmo, já remonta de muitos e muitos séculos.
No século V a.C. o filósofo grego Sócrates, já se preocupava com isso e dizia que antes do homem se preocupar em querer conhecer a origem da natureza ou das coisas, deveria primeiro procurar conhecer-se a si mesmo.
No pórtico do templo de Apolo, estava gravada a expressão “conhece-te a ti mesmo”, que se tornou a bandeira do filósofo grego.
Sócrates andava pelas ruas e praças de Atenas; pelo mercado e pela assembléia, indagando as pessoas: “Você sabe o que você diz?”, “Você realmente tem certeza em que você acredita?”, “Você está realmente conhecendo aquilo em que acredita, aquilo em que pensa, ou em aquilo que você diz?”
Fazendo estas perguntas as pessoas, Sócrates deixava seus interlocutores embaraçados, curiosos, irritados e na maioria das vezes surpresos, pois quando estas pessoas tentavam responder ao filósofo suas indagações, percebiam que na maioria das vezes não sabiam responder e que nunca tinham verdadeiramente parado para refletir em suas crenças, valores e ideais. Logo em seguida as pessoas esperavam que Sócrates respondesse à elas o objeto de suas indagações, no que o filósofo respondia: “Eu também não sei, e é por isso que estou perguntando.” De onde surgiu a célebre frase atribuída a ele: “Tudo o que sei é que nada sei”.
Sócrates dava uma prova de humildade e sabedoria, afirmando a consciência da própria ignorância.
Por questionar as idéias, os valores e os comportamentos que os atenienses julgavam corretos e verdadeiros, estimular o povo e principalmente a juventude ateniense a pensar e refletir se todos aqueles valores da época eram verdadeiros, Sócrates foi considerado um perigo pelos poderosos de Atenas.
Acusado de desrespeitar os deuses, corromper a juventude e violar as leis, como todo mártir, Sócrates foi condenado a morte.
Negou-se a defender-se perante a assembléia, e quando interrogado pelos discípulos pelo porquê de sua decisão, disse: “ se eu me defender, estarei aceitando as acusações, e eu não as aceito. (...)”.
A filosofia de Sócrates deixou marcas tão profundas no pensamento humano, que ele foi considerado pela maioria dos filósofos o pai da filosofia; Kardec colocou na introdução do Evangelho segundo o Espiritismo o resumo de sua doutrina e do seu principal discípulo – Platão - e Emmanuel afirma no livro A Caminho da Luz que: “Sua existência, em algumas circunstâncias, aproxima-se da exemplificação do próprio Cristo.(...)” 1
Mas transportando a essência do pensamento de Sócrates para os nossos dias, será que atualmente o homem e principalmente nós espíritas, conhecedores de tantas verdades do mundo espiritual, conhecemos à nós mesmos?
Qual será o móvel de nossas ações perante a Doutrina Espírita, nossa família, a sociedade e mesmo perante à nós mesmos?
Sabemos que somos imortais, mas será que nas horas de crise ou nas situações difíceis, temos sabido manter a calma daquele que sabe que toda tempestade chega e passa e que por mais que a noite seja densa, não há nada que possa impedir o nascer de um novo dia?
Temos consciência que reencarnamos para o resgate dos débitos do passado e o conseqüente desenvolvimento intelecto-moral que todo espírito carece, mas temos sido capazes de manter as esperanças diante da debilidade orgânica crônica, das pessoas que estão ligadas a nós e que não mantemos afinidade, da situação econômica difícil, da insatisfação de sonhos que gostaríamos de realizar, mas que as circunstâncias nos impossibilitaram de faze-lo?
Hoje compreendemos que em nossa jornada evolutiva não fizemos apenas amigos, antes mesmo prejudicamos e perseguimos muitas pessoas, mas diante das criaturas que hoje demonstram aversão por nós, temos demonstrado a humildade e o amor exemplificados por Jesus visando a reconciliação necessária, ou estamos acalentando animosidades que apenas dificultarão nossa situação no futuro?
Kardec deixou claro que fora da caridade não há salvação, mas temos nos esforçado em doar algo de nós em favor do nosso semelhante, ou temos exercitado a falsa bonomia, achando que alguns trabalhos assistenciais realizados uma vez por semana nos descortinarão as portas do paraíso?
É por tudo isto, por todas estas grandes verdades que os espíritos trouxeram para os homens através de Allan Kardec, e posteriormente em nosso século, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier - com obras tão elucidativas como as de André Luiz e Emmanuel - cujas deste último expressando um alto teor evangélico, apresentando o Espiritismo como o próprio cristianismo redivivo, que constatamos que nós espíritas temos uma responsabilidade muito grande perante a vida, pois nenhuma outra religião explica os mecanismos da existência tão claramente quanto a nossa, em nenhuma outra existe um evangelho tão claro, onde são elucidadas até as mais alegóricas parábolas de Jesus.
Daí a necessidade do autoconhecimento pregado por Sócrates, que foi também abordado no Livro dos Espíritos 2 por Santo Agostinho, como a maneira mais eficaz de se melhorar nesta vida e se resistir ao mal.
Na subdivisão da pergunta 919 do Livro dos Espíritos, Kardec pergunta aos espíritos qual é o meio para se chegar ao autoconhecimento e na resposta que se segue a formulação da pergunta, se aconselha a interrogarmos a consciência ao final de cada dia, passando em revista o que fizemos e perguntar a nós mesmos se não faltamos com o cumprimento de algum dever e se ninguém tem motivos para se queixar de nós. Aconselha ainda a indagarmos de nós mesmos o que estamos fazendo e qual o móvel de nossas ações, se estamos praticando ações que censuraríamos nos outros e que não teríamos coragem de confessar. Se ao entrarmos no mundo dos espíritos – onde nada é oculto – teríamos medo do olhar de alguém. Que devemos analisar nossos atos e examinar o que podemos estar fazendo contra Deus, depois contra o próximo, e por fim contra nós mesmos.
E o espírito comunicante finaliza categórico:
“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do melhoramento individual.”
Todos nós somos criaturas humanas, passíveis de erro e por isso mesmo tudo isto aqui exposto sensibiliza antes a nós mesmos. Mas precisamos compreender que o Criador nos atribuiu apenas a imortalidade, nos concedendo todas as possibilidades para o progresso intelecto-moral, mas que este só pode ser efetuado por nós mesmos, visto sermos dotados de livre-arbítrio, que é a faculdade de fazer ou não fazer, o poder de decidir entre o bem e o mal. Sem o estudo do Evangelho e o conhecimento das verdades espirituais; sem o trabalho que aprimora a alma e sem o conhecimento de nós mesmos, fica muito difícil palmilharmos o caminho da luz. Talvez daí todos os erros cometidos nestes dois mil anos por aqueles que sucederam a vinda do Cristo, pois se não conhecemos a nós mesmos, mais complexas se tornam as palavras do Mestre:
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” 3

1 A Caminho da Luz, pág. 93 - Sócrates - 22.ª edição FEB
2 O Livro dos Espíritos, cap. XII - Perfeição Moral, item V - “Conhecimento de Si Mesmo”, perg. 919 e 919-a - Edição EME
3 João, VIII - 32

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/verdade-e-luz/o-autoconhecimento.html

terça-feira, 3 de julho de 2012

Relacionamentos Saudáveis



Ninguém consegue viver sem a harmonia do grupo social no qual se encontra. Animal gregário, o ser humano nutre-se da vibração e da presença de outro igual, que o estimula para avançar na busca da sua auto-realização. 
O isolacionismo é sintoma de desajuste emocional, portanto de psicopatologia que necessita seja aplicada uma terapia competente. 
Na convivência com o próximo, o ser humano lima as arestas interiores e ajusta-se ao grupo, aprendendo que a sua perfeita sintonia com os demais resulta em produção e aperfeiçoamento moral para todos. 
Assim, portanto, há uma necessidade ética , psicológica, moral, em favor do relacionamento entre as criaturas, particularmente quando este pode ser saudável.A sua proposta se faz mediante o intercambio fraternal , as aspirações culturais, doações dignificadoras , que se convertem em esforço de construção de momentos enriquecedores. 
Os estímulos humanos funcionam de acordo com os propósitos agasalhados, porque a mente, trabalhando os neurônios cerebrais, estimula a produção de enzimas próprias aos sentimentos de solidariedade ou às reações belicosas. Portanto, aspirar e manter idéias de teor elevado constitui meio seguro para relacionamentos saudáveis. 

Joanna se Ângelis /Divaldo Franco - Do Livro Vida: Desafios & Soluções.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Solidão



Nem sempre a solidão pode ser encarada como dor ou insânia. É, em muitas ocasiões, período de preparação, tempos de crescimento, convites da vida ao amadurecimento.

Na solidão, é que encontramos sanidade para nosso mundo interior, respostas seguras para nossos caminhos incertos e nutrição vitalizante para os labores que enfrentamos em nossa viagem terrena.

Nem sempre é possível abandonarmos a vida alvoroçada, os ruídos e as músicas estridentes, talvez seja até mesmo uma tarefa custosa; mas é perfeitamente realizável quando dedicamos algum tempo ao silencio, retirando-nos para momentos de reflexão.

São muitos os caminhos de Deus, e a solidão pode ser um deles. “ E saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.”

Jesus Cristo, constantemente, retirava-se para a intimidade que o silencio proporciona, pois entendia que a elevação de alma somente é possível na “privacidade da solidão.”

Ninguém é capaz de seguir sua verdadeira estrada existencial, se não refletir sobre sua essência. Não encontrando o caminho necessitamos, se nós mesmos não buscarmos, usando nossos inerentes recursos da alma para perceber as inarticuladas orientações divinas em nós.

Se não encontrarmos um recanto externo que facilite a meditação, nem alguma paisagem mais afastada junto à Natureza, onde possamos repousar da inquietação da multidão, mesmo assim poderemos penetrar o nosso santuário íntimo.

Sigamos o Mestre, recolhendo-nos na solidão e no silencio do de que verdadeiramente templo da alma, onde exclusivamente encontraremos as reais concepções do amor e da justiça, da felicidade e da paz, de que todos temos o direito por Paternidade Divina.

Hammed – Do Livro As Dores da Alma.